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segunda-feira, 14 de abril de 2014

Lição 13 - O Legado de Moisés



TEXTO ÁUREO
“Era Moisés da idade de cento e vinte anos quando morreu; os seus olhos nunca se escureceram, nem perdeu ele o seu vigor” (Dt 34.7).

VERDADE PRÁTICA
Moisés foi usado por Deus para tirar Israel do Egito e entregar os Dez Mandamentos para a humanidade.

HINOS SUGERIDOS
126, 127, 299.







LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 6.20
A família de Moisés
Terça - Dt 33.1-29
A última bênção de um líder
Quarta - Lc 24.27,44,45
Moisés, profeta messiânico
Quinta - At 3.22,23
Moisés, tipo de Cristo
Sexta - Dt 32.1-47
O último cântico de Moisés
Sábado - Dt 34.1-5
Moisés vê a Terra Prometida e morre

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Deuteronômio 34.10-12; Hebreus 11.23-29.
Deuteronômio 34

10 - E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face; 11 - nem semelhante em todos os sinais e maravilhas, que o Senhor o enviou para fazer na terra do Egito, a Faraó, e a todos os seus servos, e a toda a sua terra; 12 - e em toda a mão forte e em todo o espanto grande que operou Moisés aos olhos de todo o Israel.

Hebreus 11
23 - Pela fé, Moisés, já nascido, foi escondido três meses por seus pais, porque viram que era um menino formoso; e não temeram o mandamento do rei. 24 - Pela fé, Moisés, sendo já grande, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, 25 - escolhendo, antes, ser maltratado com o povo de Deus do que por, um pouco de tempo, ter o gozo do pecado; 26 - tendo, por maiores riquezas, o vitupério de Cristo do que os tesouros do Egito; porque tinha em vista a recompensa. 27 - Pela fé, deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como vendo o invisível. 28 - Pela fé, celebrou a Páscoa e a aspersão do sangue, para que o destruidor dos primogênitos lhes não tocasse. 29 - Pela fé, passaram o mar Vermelho, como por terra seca; o que intentando os egípcios, se afogaram.

INTERAÇÃO
Se há alguma coisa de valor transcendente que os líderes podem deixar aos sucessores é o seu legado. Queremos dizer com legado toda a disposição, tradição, exemplos e valores morais e espirituais, deixados pelo líder para o bem da igreja local.
Conta-nos a Bíblia a história de um rei chamado Jeorão (2Cr 21.4-20). Este era um opressor, sem qualquer sensibilidade humana e que andava nos caminhos dos reis de Israel. Esse rei não deixou qualquer legado edificante para os seus sucessores, ao ponto de o texto bíblico descrever o sentimento do povo quando da sua morte, desse modo: “e foi-se sem deixar de si saudades” (v.20). Que este não seja o legado dos líderes cristãos!

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer a respeito dos últimos dias da vida de Moisés.
Explicar as características de Moisés como homem de Deus e pastor de Israel.
Aprender à luz do legado de Moisés sobre a comunhão, a piedade e a prudência.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, peça à classe que cite cinco características positivas e cinco negativas que possam existir numa liderança. À medida que responderem, anote as respostas na lousa em duas colunas respectivas (características positivas e negativas). Em seguida, diga aos alunos que um líder não é um super-homem. Ele é igualzinho a nós, pois se trata de um ser humano. Entretanto, as Escrituras convocam os líderes a apresentarem uma vida de serviço a Deus e à igreja que lideram. Conclua a lição dizendo que devemos amar os nossos líderes, pois são pessoas vocacionadas por Deus para fazer o bem à sua Igreja.

INTRODUÇÃO
Moisés nasceu quando Israel estava cativo no Egito, durante os terríveis dias em que Faraó ordenou que todos os recém-nascidos israelitas do sexo masculino fossem mortos (Êx 1.15,16). Casou-se com Zípora, filha de Jetro, sacerdote de Midiã, descendente de Abraão (Gn 25.1,2). Ele teve uma comunhão especial com o Senhor e nas Escrituras Sagradas é repetidamente chamado de “servo de Deus”, pois “foi fiel em toda a sua casa” (Hb 3.5). No último livro do Antigo Testamento, Deus chama Moisés de “meu servo” (Ml 4.4), e no último livro do Novo Testamento ele é chamado “Moisés, servo de Deus” (Ap 15.3). Moisés é uma figura tipológica de Cristo.

Palavra Chave
Legado: O que é transmitido às gerações que se seguem.

I. OS ÚLTIMOS DIAS DE MOISÉS

1. As palavras de despedida. O ministério de Moisés chegaria ao fim em breve. Consciente deste fato, ele se despede ensinando o seu povo a guardar as leis.
No capítulo 32 do livro de Deuteronômio, temos o último cântico de Moisés. O servo do Senhor se despede com adoração e louvor. Moisés de forma bem didática faz um resumo de toda a história de Israel em forma de cântico. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, ele “fez o povo lembrar de seus erros, a fim de que não mais os repetisse e suscitou a nação a confiar apenas em Deus”.



2. Moisés incentiva o povo a meditar na Palavra. Moisés era um homem que amava os preceitos divinos. Por isso, antes de sua partida ele incentiva e reforça a ideia de que os israelitas precisavam ouvir e obedecer às ordenanças de Deus, a fim de que prosperassem enquanto nação. Sabemos que todos que amam e meditam na lei de Deus são bem-aventurados (Sl 1.1-6).



3. Moisés vê a Terra Prometida e morre. Antes de morrer, Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29). Ele lutou em favor do seu povo e o amou até os últimos dias de sua vida. Ele foi fiel a Deus e à sua nação em tudo. Por ocasião de sua morte, por ordem de Deus, Moisés sobe até o monte Nebo e dali avista toda a Terra Prometida. Porém, não tem permissão para entrar nela. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20). Ali no monte, solitário, o grande legislador vai se encontrar com o seu Deus. Ele foi sepultado pelo Senhor em um vale na terra de Moabe, todavia, o local nunca foi revelado a ninguém (Dt 34.6). Certamente Deus quis evitar que o local, assim como o corpo de Moisés, fossem venerados pelos israelitas. Durante trinta dias os israelitas choraram e lamentaram a morte de Moisés (Dt 34.8).



4. Moisés nomeia seu sucessor (Dt 31.1-8). É necessário começar bem um ministério e terminá-lo de igual forma. Moisés preparou Josué para que este fosse o seu sucessor. O Legislador de Israel tinha consciência de que seu ministério um dia findaria. É muito importante que o líder do povo de Deus tenha esta consciência e prepare os seus sucessores ainda em vida, assim como fez Moisés (Dt 34.7-9).


SINOPSE DO TÓPICO (I)
Em seus últimos dias de vida, Moisés dispensou palavras de advertências e exortações ao povo. Em seguida, viu a Terra Prometida e morreu.

II. MOISÉS, PASTOR DE ISRAEL



1. Homem de Deus. No final de sua carreira, Moisés é chamado nas Escrituras de “homem de Deus” (Dt 33.1). Ele é também pastor e líder do povo de Israel sob a mão de Deus (Sl 77.20). Assim, Homem de Deus é o homem a quem Deus usa como Ele quer.





2. Homem de oração. A vida de intensa oração de Moisés resultou em força, coragem, destemor, sabedoria e humildade, pois o povo de Israel era na época muito desobediente, murmurador e carnal. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração intercessória pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava. Um exemplo disso está em Êxodo 33.13, quando ele diz: “rogo-te que [...] me faças saber o teu caminho”. No versículo 18, ele ora em continuação: “Rogo-te que me mostres a tua glória”. Essas duas orações não devem ser invertidas pelo crente, como alguns fazem por imaturidade ou fanatismo.
Moisés intercedeu diante do Senhor pedindo para entrar na tão sonhada Terra Prometida, mas Deus negou esse pedido (Dt 3.23-25).
Oremos sempre uns pelos outros, inclusive pelos desconhecidos. Intercedamos “por todos os homens” (1Tm 2.1), a fim de que alcancem a eterna Jerusalém.

3. Homem de fé. Moisés agia por fé em Deus (Hb 11.24-29), daí, a quantidade de milagres realizados pelo Senhor através dele. Seus pais foram campeões da fé (Hb 11.23), pois a fé em Deus opera milagres (Mt 17.18-21; At 3.16; 6.8;). Aliás, um dos dons espirituais é o da fé (1Co 12.9); fé para operar maravilhas.
Moisés e Arão realizaram muitos milagres perante Faraó e seus oficiais no período que precedeu a saída de Israel do Egito (Êx 4-12). Esses milagres em forma de catástrofes tinham por objetivo demonstrar publicamente que os deuses do Egito nada eram diante do Deus verdadeiro e único de Israel (Êx 12.12; Nm 33.4).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Moisés como pastor de Israel era um homem de Deus, de oração e de fé.

III. APRENDENDO COM MOISÉS
1. A cultivar comunhão com Deus. “Cultivar”, significa incentivar, preparar para o crescimento. Muito antes de as primeiras flores aparecerem ou os sinais do fruto serem vistos, muito foi feito para preparar a planta para o fruto esperado. O lavrador cuida da planta com zelo para que esta seja mais produtiva. Este processo de carinho e atenção é o cultivo. É em nossa relação com Deus, mediante a comunhão contínua, que nossa vida é mudada e desenvolvida em direção à realização plena. Como filho de Deus, você desfruta de plena comunhão com o Pai, o Filho e o Espírito Santo? Cultive, como Moisés, esta comunhão, passando mais tempo com Deus em oração, leitura da Palavra e adoração. Moisés foi um homem que cultivou uma comunhão bastante íntima com Deus.

2. A ter comunhão com outros crentes. Através da vida de comunhão com os santos, você é incentivado a viver a vida cristã saudável e abundante. Os primeiros cristãos tinham comunhão diária entre si (At 2.46). Não admira que suas vidas fossem testemunhos poderosos do Evangelho e fizessem com que as pessoas tivessem sede de salvação. Havia uma colheita diária de almas, à medida que o Senhor acrescentava à igreja os que iam sendo salvos (At 2.46,47). Moisés prezava pela comunhão em família e com todo o povo de Deus. Sigamos de perto o seu exemplo e busquemos a comunhão com os nossos irmãos, pois estamos também todos caminhando rumo à Terra Prometida.

3. A aceitar o ministério de líderes piedosos. Os líderes são instrumentos de Deus para alimentar e nutrir seu povo. Efésios 4.11-13 enfatiza que o propósito dos ministérios de apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e doutores na igreja é edificar o povo de Deus. Quando você aceita e aplica os ensinos de Deus, que nos são proporcionados por meio dos líderes que Ele chamou, você é levado a um lugar de maior fertilidade e de crescimento (Ef 4.16). Toda vez que os hebreus deixavam de obedecer a Moisés eles pecavam e eram grandemente prejudicados. Quando Miriã se rebelou contra a liderança de Moisés, seu irmão, ela ficou leprosa e o povo todo não pôde partir. Todos ficaram retidos pela desobediência de uma única pessoa.

4. A ter cuidado com os inimigos. Ao entrarem na Terra Prometida, os israelitas tinham de destruir as nações ímpias que ali viviam. Esse era o plano de Deus, mas Israel não o seguiu. Em consequência disso, o povo de Israel foi seduzido pelos maus caminhos desses povos (Sl 106.34-36). Essa experiência é um aviso para nós. Cuidado com o Inimigo e as suas propostas. Vigie para que você e sua família não sejam seduzidos pelas coisas deste mundo. O mundo e a sua concupiscência é passageiro, mas os valores de Deus e a sua Palavra são eternos.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
A vida de Moisés nos ensina a cultivar a comunhão com Deus e com o próximo, a piedade e a prudência.

CONCLUSÃO
Moisés cumpriu sua carreira com fé em Deus, coragem e determinação. Em tudo ele buscou ser fiel ao Senhor. Sigamos o exemplo deste líder a fim de que possamos viver com sabedoria e a agradar a Deus em toda a nossa maneira de viver.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010.
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.

EXERCÍCIOS
1. Em que livro da Bíblia encontramos o último cântico de Moisés?
R. Deuteronômio.

2. De acordo com a lição, o que fez Moisés antes de morrer?
R. Moisés abençoou cada uma das tribos de Israel (Dt 33.1-29).

3. Por que Moisés não teve permissão para entrar na Terra Prometida?
R. Moisés havia desobedecido a Deus ferindo a rocha (Nm 20).

4. Descreva sobre Moisés como homem de oração.
R. Moisés era um homem muito ocupado com seus encargos, mas conseguia levar sempre muito tempo em oração pelo povo. Era com a sabedoria do Alto que Moisés orava.

5. Cite três coisas que podemos aprender com a vida de Moisés.
R. Cultivar a comunhão com Deus e com os outros crentes.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Bibliológico
“[Deuteronômio] 31.2 [...] Parece injusto que o Senhor negue a Moisés o acesso à Terra Prometida, por causa de uma explosão e descontrole por parte daquele homem (1.37; cf. Nm 20.12). Mas Moisés, aquele homem que havia recebido um privilégio especial, também foi incumbido de uma responsabilidade especial. Deixar de cumprir a sua responsabilidade de uma forma completa significava passar a ter uma má reputação, tanto para si mesmo como para o seu Deus. Por este motivo, ele não pôde entrar na terra, com a nova geração.
31.9 Este versículo confirma claramente a autoria mosaica, pelo menos do livro de Deuteronômio, se não todo o Pentateuco. Os que argumentam que editores do final da época anterior ao exílio, ou até mesmo durante o exílio, inseriram declarações como esta para indicar uma composição de autoria mosaica tardia, o fazem apenas com base em uma pressuposição de que Moisés não poderia ter escrito estes textos. Estas suposições infundadas podem surgir de um desejo de despir o Pentateuco, e a Bíblia como um todo, de qualquer credibilidade” (Bíblia de Estudo Defesa da Fé: Questões Reais, Respostas Precisas, Fé Solidificada. RJ: CPAD, 2010, p.359).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“Em um certo sentido, Deuteronômio, e na verdade todo o Pentateuco, termina como uma história incompleta. Deuteronômio se encerra sem que Moisés ou Israel adentrem a terra, embora Moisés tenha podido vê-la. O que Deus tinha prometido repetidas vezes aos patriarcas, desde Gênesis 12.7, não se concretiza até o fim do Pentateuco. Von Rad resolveu de modo fácil (e artificial) essa questão, bastando substituir o conceito de Pentateuco pelo de um Hexateuco. Ele traz Josué para o clímax final de um conjunto de seis livros, em vez de permitir que Deuteronômio e Moisés desempenhem esse papel em um conjunto de cinco livros.
Todavia, a forma como o Pentateuco é encerrado pode ser mais uma confirmação teológica que um problema teológico. Em primeiro lugar, como comenta Sanders, a posição de Deuteronômio entre Números e Josué, entre peregrinações e o fim das peregrinações, ‘tomou o lugar de Josué e suas conquistas como o clímax do perigo canônico de autoridade [...] A verdadeira autoridade é encontrada apenas no período de Moisés’.
Além disso, o Pentateuco termina com realismo (‘Vocês ainda não são o que Deus quer que vocês sejam’) e esperança (‘Logo vocês estarão no lugar que Deus lhes separou’). É no deserto que você está, mas não é no deserto que ficará. Para citar Walter Brueggemann: ‘O texto, de mais a mais, serve para todo o tipo de comunidades de exilados. O Pentateuco é, no final das contas, a promessa de um lar e de um retorno ao lar. É uma promessa dada pelo Deus de todas as promessas, que jamais se contentará com o deserto, o exílio ou o degredo’” (HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, pp.534-35)

Toda honra e glória seja dado ao Nosso Senhor Jesus Cristo.
Chegamos ao final das lições do 1º trimestre de 2014.
Que as bençãos e a Paz do Senhor Jesus, esteja presente em cada coração.

Evandro Rodrigues, Pr.,
Gerson Soares, Superintendente e,
Pedro Soares, Professor.

domingo, 13 de abril de 2014

Lição 12 - A Consagração dos Sacerdotes




TEXTO ÁUREO
“E quase todas as coisas, segundo a lei, se purificam com sangue; e sem derramamento de sangue não há remissão” (Hb 9.22).

VERDADE PRÁTICA
O sacrifício expiador de Cristo no Calvário foi perfeito, único e capaz de nos purificar de todo pecado.

HINOS SUGERIDOS
363, 423, 432.





LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 28.1
A instituição do sacerdócio
Terça - Êx 29.1-9
A cerimônia de consagração
Quarta - Lv 16.11-14
A oferta do sacerdote pelo seu pecado
Quinta - Hb 6.20
Jesus, nosso Sumo Sacerdote eterno
Sexta - Hb 4.15,16
Jesus, Sumo Sacerdote compassivo
Sábado - Hb 9.11
Jesus, Sumo Sacerdote dos bens futuros

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 29.1-12.
1 - Isto é o que lhes hás de fazer, para os santificar, para que me administrem o sacerdócio: Toma um novilho, e dois carneiros sem mácula, 2 - e pão asmo, e bolos asmos amassados com azeite, e coscorões asmos untados com azeite; com flor de farinha de trigo os farás. 3 - E os porás num cesto e os trarás no cesto, com o novilho e os dois carneiros. 4 - Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água; 5 - depois, tomarás as vestes e vestirás a Arão da túnica, e do manto do éfode, e do éfode mesmo, e do peitoral; e o cingirás com o cinto de obra de artífice do éfode. 6 - E a mitra porás sobre a sua cabeça; a coroa da santidade porás sobre a mitra; 7 - e tomarás o azeite da unção e o derramarás sobre a sua cabeça; assim, o ungirás. 8 - Depois, farás chegar seus filhos, e lhes farás vestir túnicas, 9 - e os cingirás com o cinto, a Arão e a seus filhos, e lhes atarás as tiaras, para que tenham o sacerdócio por estatuto perpétuo, e sagrarás a Arão e a seus filhos. 10 - E farás chegar o novilho diante da tenda da congregação, e Arão e seus filhos porão as mãos sobre a cabeça do novilho; 11 - e degolarás o novilho perante o Senhor, à porta da tenda da congregação. 12 - Depois, tomarás do sangue do novilho, e o porás com o teu dedo sobre as pontas do altar, e todo o sangue restante derramarás á base do altar.

INTERAÇÃO
Chegamos ao capítulo que detalha o cerimonial de consagração sacerdotal para o serviço no Tabernáculo: Êxodo 29. Este capítulo descreve o rito consagratório dos sacerdotes. Ele consistia na apresentação de um bezerro e dois carneiros sem mácula; pão asmo (sem fermento) e bolos asmos amassados com azeite; bolinhos asmos untados com azeite e feito com flor de farinha de trigo. Todos estes itens eram elementos que compunham todo o ritual para consagrar, isto é, separar, para o ministério sacerdotal, Arão e os seus filhos. Esta linhagem representaria o sacerdócio oficial da Casa de Israel.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar como se dava a cerimônia de consagração sacerdotal.
Citar os elementos do sacrifício de posse.
Compreender que Cristo é o perpétuo e o mais perfeito Sumo Sacerdote.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, para ampliar a conclusão do primeiro tópico da aula desta semana, reproduza na lousa o seguinte texto: “O Novilho [Bezerro]. Quando os sacerdotes impunham as mãos na cabeça do novilho, isso simbolizava a sua identificação com o animal, como seu substituto e, talvez, a transferência dos pecados do povo para o animal. Assim, o novilho tornava-se um sacrifício vicário, que morria por causa dos pecados do povo (v.14). Essa cerimônia aponta para o sacrifício vicário de Cristo, que tornou-se a nossa oferta pelo pecado (Is 53.5; Gl 3.13; Hb 13.11-13)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, p.165). Em seguida, explique que a suficiência do sacrifício de Jesus Cristo é a garantia de que Ele é o Sumo Sacerdote perfeito.

INTRODUÇÃO
Deus ordenou que Moisés separasse Arão e seus filhos para o sacerdócio. O vestiário, bem como o modo de proceder dos sacerdotes, foram dados por orientações do próprio Deus. Antes de oferecer sacrifícios em favor do povo, Arão deveria oferecer sacrifício para a remissão dos seus próprios pecados. Na lição de hoje, estudaremos a respeito do ato de consagração e purificação do sacerdócio, conforme as determinações de Deus.

Palavra Chave
Consagração: Ação de dedicar-se a Deus; dedicação, sagração.

I. A CONSAGRAÇÃO DE ARÃO E SEUS FILHOS

1. A lavagem com água. “Então, farás chegar Arão e seus filhos à porta da tenda da congregação e os lavarás com água” (Êx 29.4). Muitos eram os rituais de preparação que os sacerdotes deveriam realizar antes de se achegarem à presença de Deus. Uma parte dos rituais era a lavagem com água, que simbolizava pureza e perfeição. Deus é santo e requer santidade do seu povo: “Santos sereis, porque eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo” (Lv 19.2). Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7). Sem pureza e santidade não podemos nos achegar à presença de Deus.
Uma importante razão pela qual o crente deve santificar-se é que a santidade de Deus, em parte, é revelada através do procedimento justo e da vida santificada do crente.

2. A unção com azeite (Êx 30.23-33). O azeite da unção deveria ser derramado sobre a cabeça de Arão e seus filhos. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26), bem como o batismo com o Espírito Santo (At 1.4,5,8). Assim também a igreja recebeu o penhor do Espírito (2Co 1.21,22), mas alguns de seus membros são individualmente separados para ministérios específicos, segundo os propósitos de Deus.


3. Animais são imolados como sacrifício (Êx 29.10-18). Era necessário que antes de ministrar em favor do povo, o sacerdote oferecesse sacrifícios de holocausto por sua própria vida. Arão e seus filhos deveriam levar um cordeiro, sem mancha ou defeito, diante do altar. O cordeiro morto tipificava a morte vicária de Jesus Cristo, que “morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras” (1Co 15.3). A morte vicária de Cristo proporciona ao homem pecador a reconciliação com Deus. Jesus morreu para expiar os nossos pecados (1Pe 1.18,19).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
A consagração do sacerdócio de Arão e de seus filhos decorria pela passagem da água, a unção com azeite e a imolação de animais como sacrifício.

II. O SACRIFÍCIO DA POSSE
1. O segundo carneiro da consagração (Êx 29.19-35). Era necessário que outro animal inocente fosse morto. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “parte do sangue era colocada primeiramente na orelha direita, no dedo polegar da mão direita e no dedo polegar do pé direito”. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar. Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado (Hb 9.22). Tudo apontava para o Calvário, onde Cristo derramou seu sangue por nós.

2. Sacrifícios diários. Diariamente eram oferecidos sacrifícios pelo pecado. Pela manhã e a tarde havia sacrifícios e um animal inocente era morto em resgate da vida de alguém. O sacrifício de Cristo foi perfeito e único. Por isso, hoje podemos nos achegar a Deus para adorá-lo livremente.
No Tabernáculo, tudo deveria estar sempre pronto a fim de que o culto diário a Deus nunca fosse interrompido. Os sacerdotes cuidavam para que o fogo do altar nunca se apagasse. A cada manhã, este era alimentado com nova lenha e novos holocaustos (Lv 6.12,13). Da mesma forma Deus quer que nos apresentemos a Ele, prontos e renovados espiritualmente (2Co 4.16).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
O sacrifício da posse consistia na consagração do segundo carneiro e nos sacrifícios diários.

III. CRISTO, PERPÉTUO SUMO SACERDOTE


1. Sacerdócio segundo a ordem de Melquisedeque. A primeira referência a Melquisedeque como sacerdote encontra-se no livro de Gênesis 14.18. Poucos sabemos a respeito de Melquisedeque: “sem pai, sem mãe, sem genealogia, não tendo princípio de dias nem fim de vida” (Hb 7.3). Melquisedeque é um tipo de Cristo.






2. O sacrifício perfeito de Cristo.
Arão e seus descendentes deveriam oferecer diariamente sacrifícios por seus pecados e também do seu povo. Hoje não precisamos fazer esses tipos de sacrifícios, pois o sacrifício de Cristo foi único, perfeito e perpétuo (Hb 7.25-28).






3. O sacrifício eterno de Cristo. “Mas este, porque permanece eternamente, tem um sacerdócio perpétuo” (Hb 7.24). O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”. Jesus não pertencia à tribo de Levi, mas seu sacerdócio era segundo a ordem de Melquisedeque (Hb 5.6,10; 7.11,12), logo, seu sacerdócio era superior ao de Arão. O sacerdócio de Cristo é superior, eterno e imutável.



SINOPSE DO TÓPICO (III)
O sacrifício de Cristo é perfeito, eterno e perpétuo segundo a ordem de Melquisedeque.

CONCLUSÃO
Deus estabeleceu o sacerdócio e as cerimônias de purificação e consagração. Estas cerimônias apontavam para o sacrifício perfeito e o sacerdócio eterno de Cristo. Ele se ofereceu como holocausto em nosso lugar. Sem Cristo, jamais poderíamos nos achegar à presença santa e eterna de Deus e ter comunhão com Ele.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009.
MERRIL, E. H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6 ed., RJ: CPAD, 2007.

EXERCÍCIOS
1. Atualmente somos limpos mediante quê?
R. Atualmente o crente é limpo pela Palavra (Jo 15.3) e pelo sangue de Cristo (1Jo 1.7).

2. O que o azeite simboliza?
R. O azeite é símbolo do Espírito Santo que viria habitar no crente pelo ministério intercessor de Jesus (Jo 14.16,17,26).

3. O que deveria ser feito com o restante do sangue do segundo carneiro?
R. O restante do sangue deveria ser derramado sobre o altar.

4. Cristo era Sacerdote segundo qual ordem?
R. Ordem de Melquisedeque.

5. De acordo com a lição, qual o significado do vocábulo “perpétuo”?
R. O vocábulo “perpétuo” significa “inalterável”.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
“O sistema sacrificial"
Quando os seres humanos entram em relação de aliança com Deus e mantêm o seu lado do trato, evitando todos os pecados conhecidos, surge o desejo de relacionar-se mais intimamente com Deus — entregar-se ao seu serviço, expressar agradecimento, apoiar seus servos, ter comunhão, e desculpar-se pelo mal cometido acidentalmente. O sistema sacrificial demonstrou que uma relação mais profunda com Deus era possível, mas para que isso acontecesse havia necessidade de uma purificação contínua do pecado.
Ao mesmo tempo, o sistema demonstrou suas próprias deficiências e resultou na necessidade de encontrar outro meio não só para estabelecer uma relação mais profunda com Deus, como também para tratar com todo o problema do pecado deliberado. Esse outro meio foi tornado possível mediante Jesus (Hb 10.1-8)” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, p.325).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico
“A Origem dos Sacrifícios"
Em relação à origem dos sacrifícios, existem duas opiniões: (1) que eles têm sua origem nos homens, e que Israel apenas reorganizou e adaptou os costumes de outras religiões, quando inaugurou seu sistema sacrificial; e (2) que os sacrifícios foram instituídos por Adão e seus descendentes em resposta a uma revelação de Deus.
É possível que o primeiro ato sacrificial em Gênesis tenha ocorrido quando Deus vestiu Adão e Eva com peles para cobrir sua nudez (Gn 3.21). O segundo sacrifício mencionado foi o de Caim, que veio com uma oferta do ‘fruto da terra’, isto é, daquilo que havia produzido, expressando sua satisfação e orgulho. Entretanto, seu irmão Abel ‘trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gordura’ como forma de expressar a contrição de seu coração, o arrependimento e a necessidade da expiação de seus pecados (Gn 4.3,4).
Em Romanos 1.21, Paulo refere-se à revelação e ao conhecimento inicial que os patriarcas tinham a respeito de Deus, e explica a apostasia e o pecado dos homens do seguinte modo: ‘Tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças’. Depois do Dilúvio, ‘edificou Noé um altar ao Senhor; e tomou de animal limpo e de toda a ave limpa e ofereceu holocaustos sobre o altar’ (Gn 8.20). Muito tempo antes de Moisés, os patriarcas Abrão (Gn 12.8;13.18; 15.9-17; 22.2ss.), Isaque (Gn 26.25), e Jacó (Gn 33.20; 35.3) também ofereceram verdadeiros sacrifícios” (Dicionário Bíblico Wycliffe. 1 ed., RJ: CPAD, 2009, p.1723).


Bons estudos. Seja abençoado(a) a cada dia pelo Nosso Senhor Jesus.

Abraços,

Evandro Rodrigues, Pr.
Gerson Soares, Superintendente e,
Pedro Soares, Professor.

Lição 11 - Deus Escolhe Arão e Seus Filhos Para o Sacerdócio




TEXTO ÁUREO
“E para o nosso Deus os fizeste reis e sacerdotes; e eles reinarão sobre a terra” (Ap 5.10).

VERDADE PRÁTICA
Cristo nos fez reis e sacerdotes, para anunciarmos as virtudes do seu Reino.

HINOS SUGERIDOS
86, 176, 432.






LEITURA DIÁRIA
Segunda - Hb 6.20
Jesus, Sacerdote Eterno
Terça - Hb 5.1-9
A superioridade do sacerdócio de Jesus
Quarta - Hb 5.10
Sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque
Quinta - Hb 7.1-4
Figura do sacerdócio eterno de Cristo
Sexta - Hb 7.26
Jesus, Sacerdote Santo
Sábado - Ap 1.6
Cristo nos fez reis e sacerdotes do Altíssimo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 28.1-11.
1 - Depois, tu farás chegar a ti teu irmão Arão e seus filhos com ele, do meio dos filhos de Israel, para me administrarem o ofício sacerdotal, a saber: Arão e seus filhos Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. 2 - E farás vestes santas a Arão, teu irmão, para glória e ornamento. 3 - Falarás também a todos os que são sábios de coração, a quem eu tenha enchido do espírito de sabedoria, que façam vestes a Arão para santificá-lo, para que me administre o ofício sacerdotal. 4 - Estas, pois, são as vestes que farão: um peitoral, e um éfode, e um manto, e uma túnica bordada, e uma mitra, e um cinto; farão, pois, vestes santas a Arão, teu irmão, e a seus filhos, para me administrarem o ofício sacerdotal. 5 - E tomarão o ouro, e o pano azul, e a púrpura, e o carmesim, e o linho fino 6 - e farão o éfode de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido, de obra esmerada. 7 - Terá duas ombreiras que se unam às suas duas pontas, e assim se unirá. 8 - E o cinto de obra esmerada do éfode, que estará sobre ele, será da sua mesma obra, da mesma obra de ouro, e de pano azul, e de púrpura, e de carmesim, e de linho fino torcido. 9 - E tomarás duas pedras sardônicas e lavrarás nelas os nomes dos filhos de Israel, 10 - seis dos seus nomes numa pedra e os outros seis nomes na outra pedra, segundo as suas gerações. 11 - Conforme a obra do lapidário, como o lavor dos selos, lavrarás essas duas pedras, com os nomes dos filhos de Israel; engastadas ao redor em ouro as farás.

INTERAÇÃO
No Antigo Testamento o sumo sacerdote exercia o ofício sagrado de ir ao Templo e entrar para oferecer sacrifício por ele e por toda a nação. Logo, seu sacrifício não era único ou perfeito. O ministério sacerdotal araônico apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno, Jesus Cristo é o único Sumo Sacerdote perfeito e suficiente. Ele é o único representante entre Deus e o homem. Assim como Jesus é o Sumo Pastor; nós os crentes, também fomos feitos sacerdotes. A nossa função é a de servir a Igreja e a Cristo com amor.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Explicar o sacerdócio em Israel.
Elencar os elementos da indumentária sacerdotal.
Compreender o papel atual dos ministros da Igreja de Cristo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Para concluir o terceiro tópico da lição, leia com a sua classe, a primeira epístola do apóstolo Paulo a Timóteo 3.1-7. Use a lousa para elencar as qualidades necessárias para quem deseja exercer o Santo Ministério: (1) Ser irrepreensível; (2) marido de uma só mulher; (3) vigilante; (4) sóbrio; (5) hospitaleiro; (6) apto para ensinar; (7) não dado ao vinho; (8) não espancador; (9) não cobiçoso de torpe ganância; (10) moderado, não contencioso, não avarento; (11) governe bem a própria casa tendo os filhos em sujeição, com toda modéstia; (12) que não seja novo na fé; (13) não soberbo; (14) tenha bom testemunho dos que estão fora da igreja. Conclua dizendo que tais características resultam do caráter regenerado pela mensagem do Evangelho.

INTRODUÇÃO
O capítulo 28 de Êxodo trata da chamada divina para o sacerdócio em Israel. O povo precisava aprender a adorar a Deus. Era necessário que homens chamados por Deus cuidassem da prática do culto ao Senhor no Tabernáculo e também através da congregação de Israel. Logo, o Senhor separou a tribo de Levi para o serviço no Tabernáculo e para o santo ministério sacerdotal. Os levitas serviam a Deus e auxiliavam os sacerdotes. Assim, todo sacerdote em Israel era levita, mas nem todo levita era sacerdote como veremos na lição.

Palavra Chave
Sacerdócio: Ofício, o ministério e a função do sacerdote.

I. O SACERDÓCIO (ÊX 28.1-5)

1. O sacerdote. Deus ordena que Moisés separe Arão e seus filhos para o ministério sacerdotal. O sacerdote deveria não somente pertencer à tribo de Levi, mas era preciso que fosse um descendente de Arão, que teve o privilégio de ser o primeiro sacerdote de Israel. Pertenciam à classe sacerdotal em Israel o sumo sacerdote, os sacerdotes e também os levitas.
O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso Sumo Sacerdote eterno (Hb 6.20). Arão era um ser humano e, portanto, um pecador que carecia de se apresentar diante de Deus com sacrifícios pelos seus próprios pecados. Mas Cristo é perfeito e seu sacrifício por nós foi único, completo e aceito pelo Pai.

2. O ministério dos sacerdotes. Quais eram as funções de um sacerdote? Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo. Eram, especificamente, três as obrigações básicas do sacerdote: “santificar o povo, oferecer dons e sacrifícios pelo povo e interceder pelos transgressores”. Eles também atuavam como mestres da lei (Lv 10.10,11). O sacerdócio de Arão apontava para Cristo, nosso único mediador diante de Deus. Como Sumo Sacerdote, Cristo intercede diante do Pai por nós (1Tm 2.5).

3. O sumo sacerdote. As nações que estavam ao redor dos hebreus já conheciam o serviço sacerdotal. Os sacerdotes não receberam nenhuma herança de terras quando as tribos entraram na Terra Prometida, pois a sua recompensa era servir ao Todo-Poderoso. Eles eram sustentados pelas ofertas e os sacrifícios levados ao Tabernáculo. Viviam de modo simples e dependiam única e exclusivamente da obediência e fidelidade do povo ao trazer seus dízimos (Nm 18.3-32).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Deus ordena o ministério sacerdotal por intermédio de Moisés, separando Arão e seus filhos para o santo ofício.

II. A INDUMENTÁRIA DO SACERDOTE
1. A túnica de linho e o éfode (Êx 28.4-28). As vestes do sacerdote deveriam ser santas (Êx 28.3). Eles não poderiam se apresentar diante do Senhor de qualquer maneira. O linho fino apontava para a pureza, perfeição e justiça de Cristo, nosso sacerdote. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura”. No éfode havia duas pedras de ônix com os nomes das doze tribos. Arão deveria levar e apresentar diante de Deus as doze tribos de Israel. Cristo carregou sobre si os nossos pecados e os apresentou diante do Pai (1Co 15.3).
Sobre o éfode estava o peitoral contendo doze pedras preciosas com os nomes dos doze filhos de Israel. Esta peça ficava sobre o coração de Arão — o sumo sacerdote (Êx 28.15,17,21,29).



2. O Urim e Tumim (Êx 28.30).
Eram pedras que os sacerdotes utilizavam na hora de tomar decisões. Eles deveriam carregar estas peças junto ao coração, mostrando a importância delas. Isso nos mostra que nossas decisões devem ser tomadas de acordo com a Palavra de Deus.




SINOPSE DO TÓPICO (II)
A túnica de linho, o éfode, o Urim e o Tumim eram elementos sagrados que compunham a indumentária sacerdotal.

III. MINISTROS DE CRISTO PARA A IGREJA


1. Chamados por Deus. Os verdadeiros ministros da igreja são chamados e vocacionados pelo Senhor. O ministério pastoral não é simplesmente um cargo ou uma forma de se alcançar status seja ele qual for. Muitos querem viver da obra e não para ela. Quem exerce o santo ministério sem a direta chamada do Senhor — o Dono da obra — é um intruso e está profanando a obra de Deus.


2. Qualificações. O sacerdote não podia se apresentar diante de Deus e da congregação de qualquer maneira. Um pastor deve sempre agir de modo a dar um bom testemunho (1Tm 3.7). O bom testemunho deve vir não somente dos que estão fora da igreja, mas especialmente pelos irmãos em Cristo. É preciso viver uma vida digna diante dos homens e também diante de Deus (1Tm 6.11,12). O pastor deve em tudo ser o exemplo (Tt 2.7).




3. Comprometidos com a Palavra. Os sacerdotes também tinham a função de ensinar a Palavra de Deus. Da mesma forma, Paulo recomenda que o ministro seja apto para ensinar (1Tm 3.2). É preciso que seja alguém capacitado na Palavra. A missão dos ministros de Cristo consiste no serviço, na mordomia, isto é, na administração dos negócios de Deus e, sobretudo, em sua fidelidade e santidade.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
Os ministros de Cristo são dados por Deus à Igreja. Eles devem manifestar um caráter que honre ao Pai e que, igualmente, demonstre o compromisso com o ministério da Palavra.

CONCLUSÃO
Os sacerdotes levavam os israelitas até a presença de Deus. O sacerdócio de Arão apontava para o sacerdócio perfeito de Cristo. Atualmente, todos os que creem em Jesus e no seu sacrifício na cruz foram feitos, pela fé, reis e sacerdotes do Deus Altíssimo (1Pe 2.5,9). Você é um representante de Deus aqui na terra, e nessa posição, você tem levado outros até Cristo?

VOCABULÁRIO
Indumentária: Arte relacionada com vestuário; conjunto de vestimentas usadas em determinada época ou por determinado povo, classe social, profissão, etc.
Esmerado: Caprichoso, empenhado.
Clímax: Parte do enredo (de livro, filme, peça, etc.) em que os acontecimentos centrais ganham o máximo de tensão, prenunciando o desfecho; ápice.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012.
CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005.

EXERCÍCIOS
1. Quem Deus ordenou que Moisés separasse para o sacerdócio?
R. Arão e os seus filhos.

2. O sacerdócio de Arão apontava para qual Sacerdócio?
R. O sacerdócio de Arão apontava para Cristo.

3. Qual era a principal função do sacerdote?
R. Sua principal missão era apresentar o homem pecador diante do Deus santo.

4. O que era o éfode?
R. O éfode era um tipo esmerado de avental bordado, unido nos ombros e ligados por uma faixa na cintura.

5. Quais as qualificações que você acredita que são indispensáveis àqueles que almejam o santo ministério?
R. Resposta pessoal.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Geográfico
“O Dia da Expiação
O dia 10 do mês de Tisri marcava o Dia da Expiação (Lv 16). Esse dia era de muitas formas um clímax do ano religioso judeu. Os sacerdotes ofereciam durante o ano inteiro sacrifícios a Deus, a fim de tornar o povo aceitável a Ele; mas os sacerdotes e seu equipamento foram cerimonialmente afetados pelo pecado e o Dia da Expiação foi instituído para promover uma ‘limpeza espiritual de primavera’, de modo que o caminho para chegar a Deus, mediante sacrifício, ficasse aberto por mais um ano. O sumo sacerdote era a única pessoa que podia fazer isso e nos dias do Novo Testamento, a fim de não haver erro, ele era cuidadosamente vestido pelos anciãos e praticava o ritual diariamente durante a semana anterior.
No Dia da Expiação, o sumo sacerdote era mantido acordado durante a madrugada, e quando chegava a manhã, era vestido com roupas brancas simples para dar início às cerimônias. Ele primeiro confessava os pecados das pessoas com a mão sobre o pescoço de um touro sacrificial, que havia sido morto e colhido o seu sangue. Dois bodes eram colocados à sua frente e sortes lançadas para ver qual deles devia ser de Deus e qual do povo. O bode de Deus era morto e seu sangue misturado com o do touro. Depois, sozinho, o sumo sacerdote entrava com incenso e brasas no Santo dos Santos. O incenso era queimado e quando ele enchia o lugar, acreditava-se que o sumo sacerdote era aceitável a Deus” (GOWER, R. Novo Manual dos Usos & Costumes dos Tempos Bíblicos. 2 ed., RJ: CPAD, 2012, pp.321-22).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Teologia Pastoral
“O Caráter do Servo do Senhor
Uma geração inteira levantou-se em oposição a todas as formas de organização instituídas, quer os credos e práticas estabelecidas fossem certos, quer não. A precipitação maléfica disso ainda é vista na oposição pública a qualquer autoridade: civil, religiosa ou organizacional. Pode ser que haja ocasiões em que se deva fazer oposição às instituições, mas o verdadeiro caráter não condena a autoridade só porque é autoridade. Deve haver padrões de caráter: para indivíduos e para organizações. Oposição arbitrária à autoridade, sem qualquer base ética ou moral, só conduz à anarquia e ao caos. A sociedade moderna não parece estar muito distante desse estado. De todas as pessoas, o ministro do Evangelho tem de ter uma definição clara do que seja o caráter para que seja modelado com nitidez.

O Caráter e Ação
O caráter nunca é comprovado por uma declaração escrita ou oral de convicções. É demonstrado pelo modo como vivemos, pelo comportamento, pelas escolhas e decisões. Caráter é a virtude vivida.
O caráter ruim ou o comportamento pouco ético tem sido comparado ao odor do corpo: ficamos ofendidos quando o detectamos nos outros, mas raramente o detectamos em nós mesmos. Os líderes espirituais sempre devem ser sensíveis ao fato de que suas ações falam muito mais alto do que as palavras ditas do púlpito. Visto que as ações que praticamos raramente são percebidas como provas de caráter defeituoso, fazem-se essenciais à introspecção e à auto-avaliação, não porque desejamos agradar ou evitar ofender os outros, mas porque a reputação e o caráter do ministro devem estar acima de toda repreensão (1Tm 3.2,7). Nossas palavras e pensamentos devem ser agradáveis perante a face de Deus (Sl 19.14), mas nossas ações revelam nosso caráter aos outros. As características do caráter exigido por Deus daqueles que querem habitar em sua presença são ações, e não um estado passivo de ser [...] (Sl 15)” (CARLSON, R.; TRASK, T. E. et al. Manual Pastor Pentecostal: Teologia e Práticas Pastorais. 3 ed., RJ: CPAD, 2005, pp.114-15).


Bons estudos. Consulte sempre a Bíblia.
Abraços e Deus os abençoe sempre!

Evandro Rodrigues, Pr.
Gerson Soares, Superintendente e,
Pedro Soares, Professor.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

Lição 10 - As Leis Civis Entregues por Moisés aos Israelitas




TEXTO ÁUREO

“Mas o juízo voltará a ser justiça, e hão de segui-lo todos os retos de coração” (Sl 94.15).

VERDADE PRÁTICA

Deus é justo e deseja que o seu povo aja com justiça.




HINOS SUGERIDOS
15, 151, 384.





LEITURA DIÁRIA
Segunda - Êx 21.1-16
Leis acerca dos servos e dos homicidas
Terça - Êx 21.17
Lei acerca de quem amaldiçoar os pais
Quarta - Êx 21.18,19
Lei acerca de quem fere uma pessoa
Quinta - Êx 22.1-15
Leis acerca da propriedade
Sexta - Êx 23.1,2
Leis acerca do falso testemunho
Sábado - Êx 23.3-9
Leis acerca da injustiça social

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 21.1-12.

1 - ESTES são os estatutos que lhes proporás: 2 - Se comprares um servo hebreu, seis anos servirá; mas ao sétimo sairá forro, de graça. 3 - Se entrou só com o seu corpo, só com o seu corpo sairá: se ele era homem casado, sairá sua mulher com ele. 4 - Se seu senhor lhe houver dado uma mulher, e ela lhe houver dado filhos ou filhas, a mulher e seus filhos serão de seu senhor, e ele sairá só com seu corpo. 5 - Mas se aquele servo expressamente disser: Eu amo a meu senhor, e a minha mulher, e a meus filhos; não quero sair forro, 6 - então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao postigo, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e o servirá para sempre. 7 - E, se algum vender sua filha por serva, não sairá como saem os servos. 8 - Se desagradar aos olhos de seu senhor, e não se desposar com ela, fará que se resgate: não poderá vendê-la a um povo estranho, usando deslealmente com ela. 9 - Mas se a desposar com seu filho, fará com ela conforme ao direito das filhas. 10 - Se lhe tomar outra, não diminuirá o mantimento desta, nem o seu vestido, nem a sua obrigação marital. 11 - E, se lhe não fizer estas três cousas, sairá de graça, sem dar dinheiro. 12 - Quem ferir alguém, que morra, ele também certamente morrerá;

INTERAÇÃO
Os capítulos 20.22 — 23.33 do livro do Êxodo versam sobre leis que regeram as esferas civis e litúrgicas na história judaica, isto é, elas legislavam tanto a vida da sociedade israelita quanto o sistema de culto ao Deus de Abraão, Isaque e Jacó. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “essas leis, que eram principalmente civis em sua natureza, tinha a ver somente com Israel, sua religião e as condições e circunstâncias prevalecentes naquele período”. Entretanto, “os princípios existentes nessas leis — tais como o respeito à vida, apego à justiça e à equidade — são eternamente válidos” (p.150). Precisamos interpretar a Palavra de Deus de maneira equilibrada, não confundido e aplicando a literalidade da Lei de uma nação à Igreja.

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Estudar o processo de promulgação das leis de caráter civil e religioso.
Analisar as leis acerca dos crimes das propriedades em Israel.
Compreender o caráter social das leis promulgada por Moisés.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Caro professor, reproduza o esquema elaborado abaixo tirando cópias ou usando a lousa. Use este recurso para concluir a lição desta semana, de modo que os seus alunos recapitulem as leis apresentadas no texto bíblico. Não se esqueça de explicar-lhes sobre o cuidado de compreenderem a particularidade dessas leis civis e religiosas para a nação de Israel e os princípios eternos que podem e devem influenciar a Igreja de Cristo.


INTRODUÇÃO
Deus entregou a Israel o Decálogo e algumas leis civis que regeriam aquela nação. O Decálogo pode ser considerado, em nossos dias, à nossa legislação constitucional, civil e penal. Tanto no seu caminhar no deserto, como depois já em Canaã, o povo de Israel viveu rodeado de povos ímpios, incrédulos, idólatras, perversos, enfim, grandes pecadores contra o Senhor e contra o próximo. Como nação, o povo precisava de leis que os orientasse e os levasse a uma convivência ideal.
Na lição de hoje, estudaremos algumas destas leis e a sua aplicação, tendo como referencial no Novo Testamento passagens como Mateus 5 a 7 e Romanos 12 e 13. 



Palavra Chave
Lei: Prescrição religiosa, conjunto de regras que emanam da providência divina e dada ao homem pela revelação.

I. MOISÉS, O MEDIADOR DAS LEIS DIVINAS
1. O mediador (Êx 20.19-22). Deus falou diretamente com o seu povo. Todavia, eles temeram e não quiseram ouvir a voz do Todo-Poderoso diretamente. Então, os israelitas disseram a Moisés: “Fala tu conosco, e ouviremos; e não fale Deus conosco, para que não morramos”. Diante do Senhor o povo reconhecia as suas iniquidades e fragilidades.
Moisés foi o mediador entre o povo e Deus. Hoje, Jesus é o nosso mediador. Sem Cristo não podemos nos aproximar de Deus nem ouvir a sua voz (1Tm 2.5).

2. Leis concernentes à escravidão (Êx 21.1-7). As leis civis foram dadas a Israel tendo em vista o meio e a condição social em que viviam. O Senhor nunca acolheu a escravidão, mas, já que ela fazia parte do contexto social em que Israel vivia, era preciso regulamentar esta triste condição social. Deus ordenou que o tempo em que a pessoa estaria na condição de escravo seria de seis anos (Êx 21.2). Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “a lei não exigia que houvesse escravidão, mas visto que existia, estas leis regulamentares regiam a manutenção das relações certas”. O Senhor sabia da existência da escravidão, porém, Ele nunca aprovou esta condição.

3. Ricos e pobres (Dt 15.4-11; Jo 12.8). Deus sustentou o seu povo durante sua caminhada no deserto. Agora, quando entrassem na terra, deveriam trabalhar, e haveria entre os israelitas ricos e pobres. O contexto era outro. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes naturais, problemas com as colheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer aos mandamentos divinos. Deus sempre quer o melhor para o ser humano, que Ele criou e abençoou (Gn 1.27,28). Isso abrange os pobres: “Aprendei a fazer o bem; praticai o que é reto; ajudai o oprimido; fazei justiça ao órfão; tratai da causa das viúvas” (Is 1.17).
Uma parte do ministério de vários profetas que Deus levantou no Antigo Testamento era denunciar e advertir os israelitas contra a injustiça social e trabalho mal renumerado e opressão dos ricos e poderosos.

SINOPSE DO TÓPICO (I)
Assim como Moisés fez a mediação entre Deus e Israel, Cristo é o único mediador entre Deus e os homens.

II. LEIS ACERCA DE CRIMES
1. Brigas, conflitos, lutas pessoais (Êx 21.18,19). Deus criou o homem, logo, Ele conhece bem a sua natureza. Para orientar o povo em casos de agressões e brigas, o Senhor determinou leis específicas. Na Nova Aliança, aqueles que já experimentaram o novo nascimento, pelo Espírito Santo (Jo 3.3), não devem se envolver em brigas, disputas e contendas, pois a Palavra de Deus nos adverte: “E ao servo do Senhor não convém contender” (2Tm 2.24). Na igreja de Corinto faltava comunhão fraterna e em seu lugar havia disputas e contendas. Paulo denunciou e criticou duramente os coríntios por esta falta (1Co 6.1-11).

2. Crimes capitais. Deus já havia ordenado no Decálogo: “Não matarás” (Êx 20.13). Na expressão “não matarás”, o verbo hebraico exprime a ideia de matar dolosamente, perfidamente, por traição.
Na Antiga Aliança, o sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”. Todavia, havia casos onde a morte era, na verdade, uma fatalidade. Pouco depois, Deus, em sua misericórdia e bondade, estabeleceu as “cidades de refúgio”, para socorrer aqueles que cometessem homicídio involuntário, ou seja, morte acidental (Nm 35.9-11). As cidades de refúgio apontavam para Jesus Cristo, nosso abrigo e socorro. Elas também serviam para evitar que as pessoas fizessem vingança com as próprias mãos.




3. Uma terra pura. Deus libertou seu povo da escravidão e os estava conduzindo para uma nova terra. As leis serviriam para ensinar, advertir e impedir que o povo Israel profanasse Canaã (Nm 35.33,34).





SINOPSE DO TÓPICO (II)
As leis acerca de crimes versavam sobre as brigas, conflitos, lutas pessoais e crimes capitais.

III. LEIS CONCERNENTES À PROPRIEDADE
1. O roubo (Êx 22.1-15). A ovelha e o boi são citados porque os israelitas eram um povo pastoril, rural. Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “tais leis visavam proteger a nação e organizá-la e voltar sua atenção para Deus”. O Senhor havia retirado os israelitas do Egito, porém, o “Egito” não saiu da vida de muitos deles. Por isso eram necessárias leis rígidas quanto ao direito do próximo e a propriedade privada, sabendo-se que toda a terra é do Senhor; nós somos apenas inquilinos nela (Dt 10.14).

2. Profanação do solo e o fogo (Êx 21.33,34; 22.6). Naquelas terras e naqueles tempos era comum os habitantes perfurarem ou escavarem o solo em busca de água para o povo e os animais e as lavouras. Quem fizesse tal abertura no solo era também responsável pela sua proteção para a prevenção de acidentes. Segundo o Comentário Bíblico Beacon, “estas normas ensinavam o cuidado e promoviam o respeito pelos direitos de propriedade dos outros”. Atualmente muitas reservas ecológicas são queimadas e espécies em extinção eliminadas pela ação inconsequente, criminosa e irresponsável daqueles que se utilizam dos recursos naturais de forma indevida.

SINOPSE DO TÓPICO (III)
As leis concernentes ao direito de propriedade garantiam o direito do próximo à terra. Todavia, a terra é do Senhor e os seres humanos são apenas os seus mordomos.

CONCLUSÃO
As leis abordadas nesta lição foram entregues a Israel, porém, aprendemos com os conceitos destas leis a respeitar a vida e os direitos do próximo. Quando os direitos do próximo não são respeitados, a convivência em sociedade se torna um verdadeiro caos.

VOCABULÁRIO
Dolosamente: Que atua com dolo e engano, intencionalmente.
Prótese: Acréscimo de um elemento fonético (sílaba ou som) no início de um vocábulo, sem alteração do significado (p.ex.abagunçar, de bagunçar).

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HARRISON, R. K. Tempos do Antigo Testamento: Um Contexto Social, Político e Cultural. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
SOARES, E. O Ministério Profético na Bíblia: A voz de Deus na Terra. 1 ed., RJ: CPAD, 2010.
ZUCK, R. B. (Ed.). Teologia do Antigo Testamento. 1 ed., RJ: CPAD. 2009.

EXERCÍCIOS
1. Quem foi o mediador entre os israelitas e Deus?
R. Moisés.

2. De acordo com a lição, a pobreza em Israel era decorrente de quê?
R. Em geral, a pobreza era resultado de catástrofes naturais, problemas com as colheitas, guerras e rebeldia do povo em obedecer aos mandamentos divinos.

3. Qual a advertência da Palavra de Deus em o Novo Testamento quanto às contendas e disputas?
R. “E ao servo do Senhor não convém contender” (2Tm 2.24).

4. Como era o sistema jurídico na Antiga Aliança com respeito aos transgressores?
R. O sistema jurídico era bem intolerante com os transgressores: “olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé”.

5. Qual era o objetivo das leis concernentes à propriedade?
R. Proteger a nação e organizá-la e voltar a sua atenção para Deus.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO
Subsídio Exegético
“Uma das formas mais frequentes de servidão na Mesopotâmia daqueles dias era a escravidão por dívidas. O art. 117 do Código de Hamurabi, na primeira fase da prótese, afirma que se um awilum [o homem livre o seu proprietário] foi acometido de dívidas e tornou-se inadimplente e vendeu ou entregou em serviço pela dívida a sua esposa, seu filho ou a sua filha, o prazo máximo de trabalho seria de três anos [...].
Entre os judeus o escravo era considerado uma mercadoria de altíssimo valor. Caso um deles fosse ferido por um boi, receberia como indenização o valor de trinta ciclos de prata (Êx 21.32). O legislador hebreu procura, se não impedir, atenuar a violência contra os escravos, determinando que se um proprietário de escravo maltratasse o seu servo e este viesse a sofrer algum dano físico, o amo do agredido deveria alforriá-lo. Eventualmente, se o escravo morresse em decorrência da agressão sofrida, o senhor intolerante deveria ser castigado (Êx 21.20,26,27)” (BENTHO, E. C. A Família no Antigo Testamento: História e Sociologia. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.174-75).

Bons estudos.
Que a Paz e o Amor de Nosso Senhor Jesus esteja sempre em seu coração e o Espirito Santo, lhe conduza todos os dias.

Abraços,


Evandro Rodrigues, Pr.
Gerson Soares, Superintendente e,
Pedro Soares, Professor.