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sexta-feira, 4 de abril de 2014

Lição 7 - Os Dez Mandamentos do Senhor




TEXTO ÁUREO

“Porque o fim da lei é Cristo para justiça de todo aquele que crê” (Rm 10.4).


VERDADE PRÁTICA
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.

HINOS SUGERIDOS
262, 285, 306.





LEITURA DIÁRIA
Segunda - Jo 1.16,17
A lei de Moisés e a graça de Deus
Terça - Rm 1.16,17
O crente vive em Cristo a partir da fé
Quarta - Gl 4.4,5
Cristo veio alcançar os que estavam sob a Lei
Quinta - 1Co 1.30,31
Cristo — sabedoria, justiça, santificação e redenção
Sexta - Rm 10.8,17
A fé pela Palavra quando crida e obedecida
Sábado - Gl 2.16
A justificação nos vem pela fé em Cristo

LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Êxodo 20.1-5,7-10,12-17.
1 - Então, falou Deus todas estas palavras, dizendo: 2 - Eu sou o SENHOR, teu Deus, que te tirei da terra do Egito, da casa da servidão. 3 - Não terás outros deuses diante de mim. 4 - Não farás para ti imagem de escultura, nem alguma semelhança do que há em cima nos céus, nem em baixo na terra, nem nas águas debaixo da terra. 5 - Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso [...]. 7 - Não tomarás o nome do SENHOR, teu Deus, em vão; porque o SENHOR não terá por inocente o que tomar o seu nome em vão. 8 - Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. 9 - Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra, 10 - mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhuma obra, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o teu estrangeiro que está dentro das tuas portas. 12 - Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. 13 - Não matarás. 14 - Não adulterarás. 15 - Não furtarás. 16 - Não dirás falso testemunho contra o teu próximo. 17 - Não cobiçarás a casa do teu próximo; não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo.

INTERAÇÃO
O Decálogo expressa o propósito de Deus para o povo de Israel: uma nação que andasse em justiça, odiasse o pecado e amasse a santidade. Caso seguissem esse estilo de vida, os judeus resplandeceriam como luz às nações vizinhas. Mas Israel falhou nesta missão e voltou-se contra Deus. Entretanto, a queda do povo judeu trouxe salvação aos gentios. Todavia, isso não deve orgulhar ou ensoberbecer a Igreja do Senhor, representante do Reino de Deus no mundo; pelo contrário, a comunidade dos santos deve temer a Deus e ouvir o conselho do apóstolo Paulo: “Porque, se Deus não poupou os ramos naturais [Israel], teme que te não poupe a ti também [Igreja]” (Rm 11.21).

OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Conhecer os propósitos dos Dez Mandamentos.
Compreender o conceito de cada mandamento.
Saber que os Dez Mandamentos referem-se a relação do homem com Deus e o próximo.

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Prezado professor, utilize a figura ao lado para concluir a lição. Os objetivos desta atividade são: recapitular os mandamentos estudados e analisar as duas relações humanas implícitas no Decálogo.
Explique à classe o quanto é óbvio que a interpretação dos quatro primeiros mandamentos se distingue dos outros seis, pois os quatro primeiros tratam do relacionamento do homem com Deus e os outros seis, do homem com o próximo. Conclua a aula afirmando que, além do aspecto espiritual, o Decálogo apresenta um caráter social da Lei cuja garantia da dignidade humana torna-se uma ordenança divina.


Palavra Chave
Mandamento: Disposição escrita em que se determina a realização de um ato, de uma diligência; mandato.

INTRODUÇÃO

Hoje estudaremos o capítulo 20 do livro de Êxodo. É uma síntese concernente aos Dez Mandamentos que foram entregues por Deus a Moisés. Muitos pensam que os preceitos morais da Lei foram somente para o Antigo Pacto. Todavia, Jesus ressaltou, no Sermão do Monte, que os preceitos morais da Lei são eternos e imutáveis, por isso precisamos conhecê-los.

I. OS PROPÓSITOS DA LEI



1. O Decálogo (Êx 20.3-17). O termo Decálogo literalmente significa “dez enunciados” ou “declarações” (Êx 34.28; Dt 4.13). Ele foi proferido por Deus no Sinai (Êx 20.1), mas também escrito por Ele em duas tábuas de pedra (Êx 31.18). O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano. É, na verdade, um resumo da lei moral de Deus.




2. Objetivos do Concerto divino. A lei foi dada por Deus a Israel com os seguintes objetivos:
a) Prover um padrão de justiça. A lei entregue pelo Senhor a Moisés é um padrão de moralidade para o caráter e a conduta do homem, seja ele judeu, seja ele gentio (Dt 4.8; Rm 7.12).
b) Identificar e expor a malignidade do pecado. “Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse”; isto é, fosse devidamente conhecida (Rm 5.20). “Pela lei vem o conhecimento do pecado”, ou seja, o conhecimento pleno da transgressão (Rm 3.20; 7.7). A lei não faz do ser humano um pecador, mas faz com que ele se reconheça como um transgressor. Ela expõe a malignidade do pecado, mas ao mesmo tempo aponta o caminho da sua expiação pela fé em Deus através dos sacrifícios que eram oferecidos no Tabernáculo (Lv 4-7).
c) Revelar a santidade de Deus. O Senhor revela a sua santidade por intermédio da lei mosaica (Êx 24.15-17; Lv 19.1,2), de igual forma, em o Novo Pacto, Ele revela a todo o mundo o seu seu amor através do seu Filho Jesus (Jo 3.16; Rm 5.8). A lei foi dada por Deus para conduzir a humanidade a Cristo (Rm 10.4).

SINOPSE DO TÓPICO (I)
A Lei de Deus, entregue a Moisés tinha os seguintes propósitos para Israel: prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.

II. OS DEZ MANDAMENTOS (ÊX 20.1-17)


1. O primeiro mandamento. “Não terás outros deuses diante de mim” (Êx 20.3). Neste primeiro mandamento, Deus se revela como o único e verdadeiro Deus (Dt 6.4). Naquela época havia entre as nações falsos deuses. Um exemplo disso é o Egito, onde o povo de Israel estivera por 430 anos. Nossa adoração e culto devem ser dirigidos somente ao único e verdadeiro Deus. Não devemos cultuar nem os anjos (Ap 19.10), nem os homens (At 10.25,26) ou quaisquer símbolos. O primeiro mandamento da lei, reafirmado em o Novo Testamento, foi a respeito da adoração somente a Deus (1Co 8.4-6; 1Tm 1.17; Ef 4.5,6; Mt 4.10).

2. O segundo mandamento. “Não farás para ti imagem de escultura” (Êx 20.4-6). Aqui Deus proíbe terminantemente o uso de imagens idolátricas. “Deus é Espírito”, disse Jesus (Jo 4.24). Então, não há como adorá-lo por meio de imagens. Querer adorar a Deus por meio de imagens visíveis é falta de fé, pois Cristo é a imagem de Deus (Cl 1.13-23). É abominação ao Senhor a idolatria, ou seja, ter ídolos e ser idólatra (Dt 7.25). Na vida do crente, um ídolo é tudo o que ocupa o primeiro lugar em sua vida, em seu coração, em seu tempo e em sua vontade. Esse “ídolo” pode ser acúmulo de riqueza, a busca pela grandeza, pelo sucesso e pela fama. Pode ser também a busca pela popularidade, pelo prazer desenfreado. Há muita gente na igreja se arruinando espiritualmente por causa dos “ídolos do coração”.


3. O terceiro mandamento.Não tomarás o nome do Senhor, teu Deus, em vão” (Êx 20.7). O nome de Deus representa Ele mesmo; sua divina natureza; seu infinito poder e seu santo caráter. Este mandamento, portanto, diz respeito à santidade do Senhor. Tomar o nome do Todo-Poderoso em vão é mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.



4. O quarto mandamento. “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar” (Êx 20.8-11). O sábado era um dia de descanso e de adoração a Deus. O termo sábado vem do hebraico shabbath (cessar; interromper). Em Gênesis 2.3 está escrito que: Deus “descansou” (literalmente “cessou”, no sentido de alguém interromper o que estava fazendo). A expressão “lembra-te”, usada pelo autor no versículo 8, indica que o sábado já fora dado por Deus no princípio, e que já era observado para descanso do trabalho e adoração a Deus (Gn 2.1-3; Êx 20.10). É importante ressaltar que em o Novo Testamento não há um só versículo que ordene a guarda do sábado como dia fixo santificado para descanso e adoração ao Senhor. O sábado foi dado como um “sinal” do pacto do Sinai entre Deus e Israel. Assim, o sábado assinala Israel como povo especial de Deus (Êx 31.12,13,17; Ez 20.10-12). A respeito dos demais mandamentos não está dito que eles são “sinais”. Para nós, o princípio que permanece é um dia de descanso na semana, para nosso benefício físico e espiritual (Cf. Mc 2.27,28). Nós, cristãos, observamos o domingo como dia de culto, pois Cristo ressuscitou no primeiro dia da semana (Lc 24.1-3).

SINOPSE DO TÓPICO (II)
Do primeiro ao quarto mandamento, o Decálogo apresenta leis para situar a relação do homem com Deus.

III. A CONTINUAÇÃO DOS MANDAMENTOS DIVINOS



1. O quinto mandamento. “Honra a teu pai e a tua mãe” (Êx 20.12). Honrar é respeitar e obedecer, por amor, à autoridade dos pais, e com eles cooperar em tudo. É o primeiro mandamento contendo uma promessa de Deus: “Para que se prolonguem os teus dias”.




2. O Sexto mandamento. "Não matarás" (Êx. 20.13). No original, o termo rasah equivale a matar o ser humano de modo doloso, premeditado, planejado. Este mandamento ressalta a sacralidade da vida humana como dádiva de Deus (At 17.25-28). Há também aqueles que matam o próximo no sentido moral, social e espiritual, mediante a mentira, a falsidade, a difamação, a calúnia, a maledicência e o falso testemunho (1Jo 3.15). Atualmente há muitos quer foram atingidos mortalmente em sua honra e praticamente "morreram". 


3. O sétimo mandamento. “Não adulterarás” (Êx 20.14). Este mandamento do Senhor está vinculado à sacralidade, pureza e respeito absoluto ao sexo, ao matrimônio e à família. O adultério é um ato sexual ilícito e pecaminoso, de um cônjuge com outra pessoa estranha ao casamento. Enquanto a lei condenava a prática do ato, o Novo Testamento vai além — condena os motivos ocultos no coração que levam ao adultério (Mt 5.27,28). Portanto, mais que condenar o ato praticado, Deus espera que em todo o tempo dominemos nossos desejos e nos submetamos ao domínio do Espírito Santo.



4. O oitavo mandamento. “Não furtarás” (Êx 20.15). Furtar é apoderar-se oculta ou disfarçadamente daquilo que pertence a outrem. Isso abrange toda forma de desonestidade, de mentira, de ocultação, por palavra e por atos. É preciso respeitar os bens dos outros. Ter honestidade e pureza nos atos; no viver, no agir, no proceder.





5. O nono mandamento. “Não dirás falso testemunho contra o teu próximo” (Êx 20.16). Este mandamento do Senhor trata da nossa honestidade e sinceridade no uso da palavra em relação aos outros. Falso testemunho é falar mal dos outros; acusar e culpar injustamente; difamar; caluniar; mentir (Tg 4.11).






6. O décimo mandamento. “Não cobiçarás” (Êx 20.17). Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente. Cobiçar é querer o que pertence a alguém. Querer as coisas dos outros é um desejo insano que precisa ser debelado.



SINOPSE DO TÓPICO (III)
Do quinto ao décimo mandamento, o Decálogo apresenta leis que tratam da relação do homem com o próximo.

CONCLUSÃO
A Lei expõe e condena os nossos pecados, porém, o Senhor Jesus Cristo, pelo seu sangue expiador, nos perdoa e nos justifica mediante a fé.

BIBLIOGRAFIA SUGERIDA
HAMILTON, V. P. Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006.
COHEN, A. C. Comentário Bíblico Êxodo. 1 ed., RJ: CPAD, 1998.

EXERCÍCIOS
1. Qual o significado do termo “Decálogo”?
R. O termo Decálogo literalmente significa dez enunciados ou declarações.
2. De acordo com a lição, o que o Decálogo exprime?
R. O Decálogo exprime a vontade de Deus em relação ao ser humano.
3. Quais os objetivos do Concerto divino?
R. Prover um padrão de justiça; identificar e expor a malignidade do pecado; revelar a santidade de Deus.
4. O que significa tomar o nome de Deus em vão?
R. É mencioná-lo de modo banal, profano, secular e irreverente.
5. Fale a respeito do décimo mandamento.
R. Este mandamento é o respeito ético a tudo o que pertence aos outros. Isto abrange o controle e o domínio dos apetites da alma, dos impulsos, desejos e vontade do crente.

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO I
Subsídio Teológico
“O Dez Mandamentos"
Os Dez Mandamentos, aqui registrados (cf. Dt 5.6-21), foram escritos pelo próprio Deus em duas tábuas de pedra e entregues a Moisés e ao povo de Israel (31.18; Dt 4.13; 10.4). A guarda dos mandamentos proveu um meio de Israel procurar viver em retidão diante de Deus, agradecido pelo seu livramento do Egito; ao mesmo tempo, tal obediência era um requisito para os israelitas habitarem na Terra Prometida (Dt 41.14; 14 [...]).

(1) Os Dez Mandamentos são o resumo da lei moral de Deus para Israel, e descrevem as obrigações para com Deus e o próximo. Cristo e os apóstolos afirmam que, como expressões autênticas da santa vontade de Deus, eles permanecem obrigatórios para o crente do NT (Mt 22.37-39; Mc 12.28-34; Lc 10.27; Rm 13.9; Gl 5.14; Lv 19.18; Dt 6.5; 10.12; 30.6). Conforme esses trechos do NT, os Dez Mandamentos resumem-se no amor a Deus e ao próximo; guardá-los não é apenas uma questão de práticas externas, mas também requer uma atitude do coração [...]. Logo, a lei demanda uma justiça espiritual interior que se expressa em retidão exterior e em santidade.

(2) Os preceitos civis e cerimoniais do AT, que regiam o culto e a vida social de Israel [...] já não são obrigatórios para o crente do NT. Eram tipos de sombras de coisas melhores vindouras, e cumpriram-se em Jesus Cristo (Hb 10.1; Mt 7.12; 22.37-40; Rm 13.8; Gl 5.14; 6.2). Mesmo assim, contêm sabedoria e princípios espirituais a todas as gerações [...]” (Bíblia de Estudo Pentecostal. RJ: CPAD, 1995, p.145).

AUXÍLIO BIBLIOGRÁFICO II
Subsídio Bibliológico.
“A Estrutura do Decálogo"
É bastante óbvio que a intenção dos quatro primeiros mandamentos difere da intenção dos outros seis. Os quatro primeiros tratam do relacionamento com Deus, enquanto os outros seis regulam relacionamentos interpessoais. Talvez seja significativo que o mandamento acerca dos pais seja o primeiro no âmbito interpessoal [...]. Ocorre uma guinada do Criador para o procriador; a vida de uma pessoa se deve a ambos.
Ao ser perguntado sobre o mais importante mandamento (como se eles pudessem ser organizados hierarquicamente), Jesus citou Deuteronômio 6.5: ‘Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento’ (Mt 22.37), o que reduziu o primeiro mandamento a uma única frase. Apesar de não lhe pedirem maiores esclarecimentos, Jesus prosseguiu falando: ‘e o segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.39). Isso condensa em uma única oração os últimos seis mandamentos. Observe que Jesus insiste que o amor pode ser determinado. Isso não seria uma profanação do amor? O amor não é algo a ser voluntariamente dado? Ao colocar o amor num contexto de exigência ou mesmo de imposição, Jesus dá a entender que o amor por Deus e pelo próximo se baseia na vontade, não em emoções.
Logo após ser orientado por Jesus sobre o cumprimento do mandamento como requisito para a vida eterna, o rico perguntou: ‘Quais?’. Jesus não disse nada sobre os quatro primeiros mandamentos, mas apenas sobre o segundo grupo. Até mesmo a ordem que eles são citados é interessante: sexto, sétimo, oitavo, nono e quinto. A falta de amor entre irmãos impede a possibilidade do amor de Deus e torna obscura qualquer expressão de amor por Deus (uma das mensagens de 1 João)” (HAMILTON, V. P.Manual do Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. 1 ed., RJ: CPAD, 2006, p.218-19).

Bons estudos. Não esqueça de lê sempre a Bíblia. 
Receba as bençãos do Nosso Senhor Jesus sobre a sua vida.

Abraços,

Evandro Rodrigues, Pr.
Gerson Soares, Superintendente e,
Pedro Soares, Professor.

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